segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Poema de almutamide


Eia, Abú Bacre, saúda os meus lares em Silves e pergunta-lhes se, como penso, ainda se recordam de mim.Saúda o Palácio das Varandas da parte de um donzel que sente perpétua saudade daquele alcácer.Ali moravam guerreiros como leões e brancas gazelas. E em que belas selvas e em que belos covis!Quantas noites passei divertindo-me à sua sombra com mulheres de cadeiras opulentas e talhe fatigadoBrancas e morenas que produziam na minha alma o efeito das espadas refulgentes e das lanças obscuras!Quantas noites passei deliciosamente junto a um recôncavo do rio com uma donzela cuja pulseira rivalizava com a curva da corrente!O tempo passava e ela servia-me o vinho do seu olhar e outras vezes o do seu vaso e outras o da sua boca.As cordas do seu alaúde feridas pelo plectro estremeciam-me como se ouvisse a melodia das espadas nos tendões do colo inimigo.Ao retirar o seu manto, descobriu o talhe, florescente ramo de salgueiro, como se abre o botão para mostrar a flor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Paixão de joshua

A paixão de Cristo. Apenas podemos imaginar a realidade de quem nada tem, a minha intenção nesta pirogravação é de recriar a arte sacra na sua verdadeira expressão, e no contexto que penso fazer sentido, se é que algo faz sentido no universo da relatividade moral.

O pecado

Esta tela a óleo, é uma tentativa de captar o momento em que a satisfação podre de violar a moral humana é feita através do olhar. A presença do apogeu da maça e a incongruência natural da flor no seu topo, é essa satisfação! a mosca é a presença de que algo
brevemente apodrecerá.

domingo, 6 de setembro de 2009

mano a mano

Vamos consumir a mentira, e iludirmos a verdade.