terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Paixão azul


Escolhi o azul como cor da memória que tenho de Tavira, onde as igrejas se elevam nas colinas criando duas cidades uma térrea e plana e outra ónirica.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dia 1 de dezembro




Dia 1 de dezembro foi o dia em que descobri porque é que a Monalisa me chama? .... mas não estava á espera, o que descobri não é o da representação da forma masculina ou hermafródita, nem no sorriso!  comum na opinião pública e possivélmente válido e legítimo, mas como pintor na minha intímidade, ou seja pintar o que vejo e isso envolve sentir! Assim sendo quando vejo a Monalisa existe um ponto fúlcral na dínamica visual e cromática do quadro que não é para ser mencionado mas sim sentido, esse ponto é a convergência do que referi atrás, e o que tem de especial? é uma união entre dois universos e nesse ponto tudo o que é materialmente representado, perde representação! e o que não é representado materialmente, aparece! mas o mais irónico é que sentimos, não vemos, e a percepção passa os limites do quadro, e quase que a moldura não existe, o sorriso é a ironia que tenho estado a repetir porque ele quer ser transparente, o ponto fulcral é onde está o rastilho! se me permitem o termo. Espero que fiquem confusos e com profundo desprezo. A maneira como cheguei a esta opinião? são vários anos de desenho e um momento surrealmente real que espero terem a sorte de o passar e o azar de o viverem.
É a minha teoria! espero que tenham a vossa se assim o entenderem. E foi no dia da independência.

domingo, 18 de outubro de 2009

Born of a divine revolution



Esta imagem representa o necessário nascimento de uma nova consciência humana, pura e baseada no reconhecimento dos erros, mas de infinito peso utópico, enfim! provavelmente é só a imaginação ao serviço dos estimulos emotivos dos dias que passam livres de ódio mas tambem da ausência de algo mais...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

olhando o vinho







Olho de boneca espanhola



Segundo o estudo que tenho desenvolvido para a temática dos olhos, aqui está um exemplo de expressão através de pinceladas largas e dinamicas, na representação do olho de uma boneca espanhola que habitava a decoração das casas mais tradicionais em cima da televisão por vezes! e do que me lembro mais era da pintura exagerada dos olhos supra carregados de tinta, mas de grande beleza visual feminina e que representava o apogeu da beleza da mulher assim como um ideal de beleza da mulher para os homens, isto na tenrra idade, daí todas as miúdas se quererem mascarar de espanholas no carnavál! o que quis captar no olho foi a força visual dando origem a uma procura da misteriosa força vital, perdendo o materialismo de ser um bocado de plástico! e assim deu-me pretexto para a liberdade expressiva e expontânea.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Poema de almutamide


Eia, Abú Bacre, saúda os meus lares em Silves e pergunta-lhes se, como penso, ainda se recordam de mim.Saúda o Palácio das Varandas da parte de um donzel que sente perpétua saudade daquele alcácer.Ali moravam guerreiros como leões e brancas gazelas. E em que belas selvas e em que belos covis!Quantas noites passei divertindo-me à sua sombra com mulheres de cadeiras opulentas e talhe fatigadoBrancas e morenas que produziam na minha alma o efeito das espadas refulgentes e das lanças obscuras!Quantas noites passei deliciosamente junto a um recôncavo do rio com uma donzela cuja pulseira rivalizava com a curva da corrente!O tempo passava e ela servia-me o vinho do seu olhar e outras vezes o do seu vaso e outras o da sua boca.As cordas do seu alaúde feridas pelo plectro estremeciam-me como se ouvisse a melodia das espadas nos tendões do colo inimigo.Ao retirar o seu manto, descobriu o talhe, florescente ramo de salgueiro, como se abre o botão para mostrar a flor.